"O que seria dos dias se eles fossem mais longos? O que seria do homem se ele fosse imortal, ou o que seria do mundo se ele fosse pequeno? Acostumados aos dias como são? Ou seria acostumados apenas a perceber o que não temos? Talvez o dia-a-dia nos faça antenados às obrigações e nos dificultem a percepção quanto a todo o resto que acontece aos nossos olhos, certo? Pode ser que estejamos acostumados a reparar nas perdas e não no saldo positivo. Ao invés de todos os dias agradecermos por termos a vida, por termos quem temos, por termos o que temos, muitas vezes preferimos parar pra reclamar de algo que gostaríamos de ter e hoje simplesmente não foi o momento. Paramos pra pensar se os acontecimentos são como são por alguma razão? Nos perguntamo-nos se a hora pra tudo acontecer? Questionamos a nós mesmos se estamos sendo o nosso melhor? Priorizamos o bem estar e as relações humanas? Ou será que priorizamos cobranças e materializações? É tempo de refletir se o que nos acontece de negativo não é fruto exclusivo de nossas próprias atitudes, ao invés de procurarmos um culpado, não é verdade? O responsável pelos erros costuma não perceber o que fez e procura o erro no outro, será que isso estaria correto, nos faria achar uma solução, minimizaria nossa culpa no fracasso? Será que procurar primeiro o que nós podemos fazer pra qualificar os dias e o convívio com outrem não seria ideal? Talvez mais eficiente e eficaz? O mundo não gira por acaso, nossos dias não são como são por uma simples razão e o estar vivo por tempo limitado pode ser fruto da renovação. Maximize a sua óptica, minimize a sua alienação. Amplifique horizontes, mas não se esqueça de ilimitar e libertar a sua mente aos padrões da nossa civilização."
Jacqueline Litwak
Jacqueline Litwak