domingo, 20 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Eu que...

"Eu que nunca gostei de dependência
Eu que nunca gostei de incomodar
Eu que nunca gostei de me ausentar
Eu que estava ali a alegrar

Eu que não me importava por me prejudicar
Eu que preferia calar do que falar e brigar
Eu que preferia falar lorota por falar
Eu que queria um sorriso constante pra me confortar

Eu que unia sem hesitar
Eu que estive rodeada pra animar
Eu que estava perto ou de longe a me importar
Eu que tanto fiz sem hesitar, fui deixada ao vento sem ao menos notar

Eu que não perdi o amor, mas talvez o humor
Eu que não fugi das encrencas e que tanto fiz, pra não prejudicar
Eu que queria ajudar, estive a ofuscar
Eu que não mais estava pra vos confortar

Eu que tanto fiz, joguei a toalha, pois já não posso mais amar."

Jacqueline Litwak

quinta-feira, 17 de março de 2011

Percebi

"Eu que sempre preferi procurar compreender todas as coisas e me fazer presente ainda mais quando ausente, hoje deparo-me com um dillema a me sondar. Percebo que o mundo não me traz o direito de ser tudo que quero, mas a vida me deixa livre pra sentir o que me tocar. As pessoas não permitem-nos sermos ainda melhores e mais amigos, mas a vida permite sermos unidos. O mundo é uma escola e a vida um circo, aprendemos com o mundo dando voltas, se é que estamos mesmo interessados em cada lição presenciada dia a dia. Já em contra partida temos a vida, que nos permite sermos palhaços, estarmos a alegrar, como também a intreter, podemos ser marionetes, ou podemos ser autores de nossas próprias biografias. Será que o ser humano é bom, ou será que cruel? Abrigamos tudo em um só, mas podemos apurar o que nos faz melhores. Podemos ser tudo que podemos crer, podemos nós mesmos nos educar, podemos nós, nos melhorar. Sejamos livres pra ousar, gritar, alegrar. Mas sejamos sábios pra saber lidar, alertar, deixar a vida rolar. É preciso saber viver, é preciso saber dizer que um dia, talvez não haveremos mais de ser..."

Jacqueline Litwak