"Não costumo achar rotinas tão agradáveis, mas ao mesmo tempo elas são bastante necessárias e até, bem recebidas. Faz parte do dia-a-dia, ela na verdade é o nosso velho dia-a-dia. É aquilo que se torna comum, que se torna costumeiro, diria redundantemente, rotineiro. Que se repete com certa frequência, que se repete de forma “pausada”, ou digamos que determinada. Na verdade rotina se trata de coisas que a gente faz periodicamente. E afirmo que nos faz bem, nos faz administradores de nossos dias, de nosso tempo. É aí que começamos há aproveitar o tempo. Passando a utilizá-lo ao nosso favor e não nos tornando escravos dele. Sabe como é? O velho paradoxo de acreditar que o relógio passa rápido num dia e no outro lentamente, mesmo o dia tendo 24h, sempre. É pura percepção de senti-lo ou não passar, geralmente relacionada à maneira que o usamos. Vejamos, se algo for realmente prazeroso ele parecerá ter passos largos, no entanto, se o que fazemos for enfadonho, cansativo, ou até repetitivo. A tendência é imaginarmos mais longo, sem fim. Depende de como organizaremos, de como isso tudo será usado ao nosso favor. E ainda acrescento, rotinas são boas, afinal nos trazem a ativa. Hoje, dia comum, dia longo, dia bom. Prazeroso apesar da simplicidade e da mesmice. Faltou um toque de agitação talvez, mas não deixou a desejar. Agora, rumo à luta, e a familiar rotina, dessa vez um pouco modificada, adicionando mais prazer, mais concentração, mais determinação e até mais entusiasmo, pelo fato de mudar alguns pequenos detalhes de lugar, ou até de deixar certas coisas de lado. Isso motiva e garante um melhor rendimento, já que não é preciso aniquilar rotinas. É preciso apenas fazer todas as mesmas coisas, mas de maneiras distintas. Saber fazer os dias melhores e mais prazerosos, mesmo não mudando de, rotina. Good Lucky."
Jacqueline Litwak