terça-feira, 12 de julho de 2011

Dialogando com a primeira pessoa do singular.


"Quando temos medo, precisamos detectar o motivo por qual ele está ali. Se acharmos, vemos a razão dele ter surgido e muitas vezes podemos enfrentá-lo com certa facilidade. Mas pra quê falar disso, não é mesmo?

É só que parei a cabeça em uns pensamentos bobos, pensamentos de que as certezas nem sempre estão comigo, mas que se não estão é porque aquilo não deve ser feito. Nada compreensível certo? Na verdade me refiro a mim mesma, particularmente as minhas percepções ou intuitos malucos. Quando não tenho certeza de algo, fico inquieta, costumo buscá-la, perceptível ou não, tanto aos outros quanto pra mim mesma. E quando se busca a tendência é no mínimo achar mais do que se esperava, certo? E deparo-me desta vez com umas indagações talvez bobas. Por exemplo, de qual a causa de querermos muito algo e depois mudar de ideia, ou deixarmos pra lá aquele "desejo"? No meu caso se reflete na resposta pras minhas incertezas. Quando não tenho certeza de algo é porque não é pra ser, é porque é impensado e não me trará o melhor, embora possa até trazer algo bom. E deparo-me agora com a certeza de que ao pensar me coloco numa situação confortante. Fazendo o que me fará melhor e agindo de maneira correta, sabe? É, no fim das contas atos necessários para coisas em longo prazo são bem resolvidos, apenas se bem pensados. Claro, é preciso colocar certas coisas numa balança e saber não ter medo do que se irá perder. Já que pra ganhar algo inteiramente é preciso perder muita coisa. E se essas perdas serão satisfatórias, isso só saberemos na hora que não teremos mais tempo de querer voltar no tempo, compreendes? É, é preciso saber abrir mão, é preciso saber seguir em frente. É preciso saber viver, contudo que se foi, contudo que se tem."

Jacqueline Litwak

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