domingo, 9 de março de 2014

Em pleno carnaval de 2014

"Em pleno carnaval, um roteiro atípico, super fora do normal. De um contexto improvável e logo de um lance bem casual, surge o despertar de um sentir, além do natural. Pode ser clichê e parecer não real, talvez pelo que ficou pra trás ou pelo passado raso, entretanto fez possível um lance fora do habitual. Poucas horas de olhares, poucos dias de convívio e aquela certeza de uma conquista e do remexer não convencional. Fora do eixo, um se dar bem fora do normal. Do que podia ser banal, eis que surge o interesse verdadeiro e o sentir puro, talvez bem fora do contexto e do jogo de interesses atual. Que foi até sem intenção e sem alvoroço, capaz de não bater nem a porta, entrar a um só pé e ao meu gosto. Não vou deixar ir embora por qualquer preço e nem pelo sufoco, estou disposta a esta luta e descobrir o possível, para sendo eu, agradar os teus anseios e não lhe trazer desgosto."

Jacqueline Litwak

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Do samba

"Eu fui fazer um samba pra falar de apego e do lance casual, mas me peguei na corda bamba, entre a saudade e o respeito primordial. Desequilibrei-me de um jeito que quem conhece, já desconhecia tanto desassossego. Parece até que fisgaram tão de jeito, que já não importava quantos dias teria, queria de todo jeito. E acontece que esse sujeito resolve ir embora e leva teu sossego. Já não acerto as horas, já não me esqueço do seu jeito. Chega a faltar ar, já que saudade criou raízes e parece não ter hora pra vazar. E aí recordo do porquê, afinal, você me lembra do samba e então ressalto que pra fazer samba, só não pode faltar compasso e um charme natural. Pois do seu gingado não esqueço e do lance que seria casual, já não me resta alternativa, é preciso ir embora, porque me pedes e sem demora. Fico tão sem jeito que abro espaço e desacelero tão sem freio, mas não adianta querer esquecer-me e sumir de todo jeito. Porque da lembrança não poderá sair por sua escolha e nem a qualquer preço, estará nos momentos e nos pequenos encaixes por hora desfeitos.” 

Jacqueline Litwak

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pra você.

"Fiz um texto pra você, se vai gostar, não posso saber. Mas só espero que possa ler, e ouvir, que de você tive o prazer bom que já não podia crer. Estou triste e torto, sem você já não sou tão solto. Perdido em mim e o pensamento em ti, quero o prazer do convívio com você, se incomodo não for lhe trazer. Sabe, sinto falta da sua risada gostosa, do humor raso e da vaidade tão certa. Sinto mesmo, falta do teu contato, e, mais ainda, das nossas conversas paralelas. E eu quem pensei não poder me apegar, me sentir a vontade ou poder abraçar. Sinto falta do teu bom dia, a seu modo, com seu jeito de caminhar. Do acordar com certa pressa, da gentileza e até mesmo, da pouca conversa. Quero teu olhar, teu curvar, teu gostoso despertar. Sabe, eu queria poder te olhar. Mas já não me cabe espaço, talvez também não haja mais contato. E quer saber, a saudade continua a apertar. Pode vir a acalmar, mas de você, eu ei de lembrar. Se tem que ir, vá depressa, sem tanta espera, me diga que ficará ainda mais esperta e que não lhe custei o caminhar. Voa, meu bem. Fica bem, fica certo, e que de perto, eu te sinta bem."

Jacqueline Litwak

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

De repente, 23!

“De repente, 23! Quase em meio à crise de meia idade, ou não também. Quantas paradas no tempo, quantas aceleradas na vida. Quantas perdas, quantas conquistas. Quantos amores perdidos, quantos jogados ao vento. Quantos amigos que tive que deixar ir embora, quantos fiz pra valer. Quantos problemas surgiram, quantos eu consegui resolver. Quantas reviravoltas na vida, quantas batalhas pra sobreviver. Quantos sonhos ainda restam numa lista, quantos já tão bobos, não mais os quero ter. Faça uma lista das prioridades na vida e em quantas lições irás aprender. Pois pra lutar ou desistir, muitas escolhas terão de fazer.” 

Jacqueline Litwak