"Nem sempre importa o que se escreve. O que importa é escrever. Escrever é comunicar-se consigo mesmo, é fazer com que o raciocínio seja completado. Porque quando não escrevemos, ou não interagimos com alguém a respeito do que pensamos, os pensamentos acabam a se misturar e soltos ao vento nem sempre chegam a ser concluídos. Por vezes virando um emaranhado ou até sendo esquecidos, como também nem sempre compreendidos. Pra se auto-reconhecer é preciso dialogar. Seja cara a cara com alguém, seja pelos meios de comunicação, ou até consigo mesmo através das palavras, muitas vezes escritas obtendo melhores resultados. Afinal de contas, elas que nos fazem enxergar melhor, já que o falar sozinho nem sempre torna possível captar o que foi expresso. Por isso, esse meio é tão indispensável e é através dele que obtemos história de fato. Através da escrita temos a confirmação real do que se foi, do que estará por vi. Escrever é como ter pernas pra andar, é como ter ar pra respirar, é como estar num deserto e achar água pra lhe salvar, é como ter mãos e poder tocar. Uma capacidade, uma necessidade, um bem sem igual. Para mim, escrever é me tornar viva, me fazer real, é como acordar sentindo a brisa ao rosto, é como sentir o mar tocar os pés, é de fato, ter asas pra voar."
Jacqueline Litwak
Jacqueline Litwak
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