"Um filme dirigido por Lasse Hallström, que retrata a relação de um cão com seu dono. Na verdade não se trata de apenas um convívio e muito menos de um cachorro comum, mas vale ressaltar que o foco do filme é nos últimos momentos, e nos pequenos detalhes. No grande detalhe de uma simples bolinha de tênis e na maneira que o mascote se comporta com o amigo durante todo o longa metragem. Acredito que mesmo para aqueles que não são loucos por animais, o filme é bastante convidativo, já que trata algo além da relação entre animais e humanos, pois dá bastante ênfase na maneira em que construímos laços com entes queridos, com pessoas próximas, ou não tão próximas as quais passamos a amar e idolatrar, tornando-as nossas fontes de inspiração pra viver, ou como também, passamos a tê-las como razão de ficar a espera de fato. O longa trás no elenco o Richard Gere (Parker) que encontra o Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, perdido em uma estação de trem, ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, e é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade.
A história deste cachorro virou lenda no Japão e foi usada em instituições educacionais, como exemplo para ensinar às crianças a importância da lealdade entre amigos. Serviu também para despertar no país uma onda de criações de akitas, raça pura japonesa que estava cada vez menos popular. Há hoje na estação de Shibuya uma estátua de Hachiko, no lugar onde ele ficava esperando seu dono voltar. Um cinematógrafo nada cansativo, que provavelmente lhe fará oscilar entre o sorriso e o deixar rolar sorrateiramente de algumas lágrimas pela face. O longa não deixa a desejar. Acredite, vale à pena pagar pra ver."
Jacqueline Litwak
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