segunda-feira, 22 de março de 2010

O mundo não parou pra ser ouvido


"É engraçado como o tempo parece passar depressa e como as pessoas parecem caminhar a passos largos. Difícil, é, nessa agitação toda do cotidiano conseguir captar o que a vida e as pessoas têm a nos oferecer. Muitas vezes passando desapercebido, ou deixando que escapem por entre as mãos. Então, será mesmo que o tempo que voa? Será que nele estamos aprisionados, ou será que nós que andamos rápido demais? Bom... a vida é o nosso maior bem e nela temos que nos permitir sentir, chorar, gritar, sofrer, sorrir. Porque não há tempo a perder e passar apenas pela vida e não ter desejos, batalhas, prazeres, orgulhos e paixões, seria de fato deixar que ela passe desapercebida por nossos olhos. Afinal, não importará em quantas partes nossos corações forem partidos, quantas canções ficarão na memória, quantos momentos na lembrança, nem quantas mágoas estarão embutidas em nós. As pessoas poderão não parar para nos escutar, como também, não terão nada a ver com o que passou. Pois, o que se viveu no passado temos de deixar para trás, e perceber o futuro, levando em consideração o quanto cada ser é diferente. Os momentos e pessoas serão únicos, assim como o tempo, não voltarão de acordo com a nossa vontade. Por isso, independente do que se viveu, ninguém tem de pagar pelos erros de um outro alguém. Temos de dar valor aos breves e simples momentos do dia-a-dia, assim não teremos do que se arrepender. Ideal é deixar que a vida aconteça e que as pessoas possam ser elas mesmas, dessa maneira escolheremos em quem confiar de acordo com o convívio, ou melhor, deixaremos que as pessoas nos escolham de acordo com nossas ações. Permitindo que o verdadeirismo esteja presente e que nosso olhar seja para o que é real, não para as efemeridades ao nosso redor. Vale a pena pagar pra ver."

Jacqueline Litwak

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