"Quando calo, posso sentir não apenas o mundo, mas também a comunicação de todo o universo. Ao primeiro momento, apenas ruídos identificáveis, misturados, sem melodia. Mas ao chegar da calmaria identificamos cada som. O cantar dos pássaros, as crianças brincando, o vento em circulação, o trânsito em movimento, as pessoas ao longe se aproximando, a banda ao fundo ensaiando. E, assim, percebemos que em meio há tantos compromissos, tantas idas e vindas pelo cotidiano, captamos que viver vai mais além. É parar, sentir, chorar, gritar, sorrir. Viver não é apenas transitar pelo mundo, é também dialogar com ele. Por isso, é preciso o estar 'estático' por frações de horas, pra se dar tempo de sentir o mundo criar vida e formas a nossa volta. Os segundos vão passando e dando origem aos minutos, que passam e deixam espaço às horas, saindo e dando lugar aos dias, semanas, meses, anos... E assim passamos por vários momentos. Acontecimentos inigualáveis, por vezes até parecem inexplicáveis, mas tudo na vida tem uma razão, um propósito, e sem dúvida, haverá explicação. No entanto, não haverá volta, o que se foi, ficou pra trás, por isso temos de viver o presente, o ontem já partiu e o amanhã ainda está por vir. Quem se prende ao passado se esquece que ainda existe o hoje e que daqui a pouco terá de dar adeus a ele também. Entretanto ainda temos o presente em nossas mãos, por que não o abrimos e desfrutamos da melhor forma? Metade de nós já se foi, mas a outra está por vir. Então, rumo ao futuro."
Jacqueline Litwak
Jacqueline Litwak
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