"Navegar é preciso, viver não... Outro dia alguém me disse isso. E claro, estava eu de ouvidos bem abertos, embora no momento, nem tenha compreendido a dimensão do que havia escutado e captado. Pois é, mas que verdade bem dita. Por quais mares navego eu? Não importa em qual mar, não me valerá de nada toda extensão dele, se dele eu não fizer qualquer proveito. O mesmo ser que pode me fazer a observação, de importância e veracidade, me falou de maneira sutil e serena. Pra este ser, a linguagem lhe era muito peculiar e diria familiar. Aí cá eu hoje, deparo com a interação de uma citação no contexto do dia por si só, da vida de maneira ampla e até específica. Cá, nós estamos e cá ficamos, quando cismamos em empacar, em ancorar e pra quê mesmo? Ah, claro, pra alimentar medos, preguiça, insucesso e improdutividade. Logicamente pra realização própria e satisfação do eu. Acorda você, acordar-me-ei eu, ou então, esperaremos nós, a próxima tempestade, pra quem sabe se deixaremos que leve os males e pesadelos; e acordar-nos-ão a iluminar um novo dia, do qual aproveitaremos tal como se apresentar, a minha, ou à sua própria pessoa. Eu quem sou de de tamanho acentuado. Acentuado pra beira, desacentuado pra riba."
Jacqueline Litwak
Jacqueline Litwak
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