terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem chaves


"Em meio ao andar descompassado
Deparei-me, com um olhar fixado
Por não estar focando, acabei por ver em foco
Sem intenção, parei ali, bem junto de ti

No abraço sossego, no olhar muitas vezes desespero
No aconchego apreço, no distanciar entristeço
Junto ainda existe esperança, em pensar na partida lembrança

Sem trancar o coração, sem estender logo a mão
De repente, no caminhar tropeiro, acabo eu em teu leito
Numa estação, breves momentos
Qual me apareceu, cá cativou

Um encanto, com desencantos
Desafio, por vezes aperreios
De onde surgiu, uma sensação nova me sorriu
Sinto-me viva
Talvez nem sempre a sorrir, mas na torcida

Quis não deixar livre o coração
Até nem quis estender a emoção
Esperei por quietação
E aqui me apareceu exaltação

Com você, amadurecimento
Na tua ausência, sensação de sofrimento
A vida trás, a vida leva
Não quero ir embora e nem ter pressa

Não pude trancar sentimentos
Nem consigo esconder desejos e apreços
Às vezes seria interessante me trancar
Ou até desejo guardar tudo apenas dentro de mim."

Jacqueline Litwak

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