terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Valores, aonde danado estes foram parar?

"Valores trocados, esquecidos ou camuflados...
No hoje, deparo-me com troca de valores,
Deparo-me também com ausência de pudores.
O que passa na cabeça dessa gente?
O que passa na mente e na cultura de tantos inconsequentes?
Será que os valores estão sendo perdidos?
Ou melhor dizendo, será que estarão quase todos, os deixando para trás?
Aqui neste círculo, onde não enxergo valor,
O que me fez vir aqui e permanecer, por momentos que seja, me pergunto uma, duas, três, até zilhões de vezes...
Pois, não há nada que me faça, conseguir me misturar.
Não, não consigo me contaminar.
Não consigo ver como natural ou normal, sabe?
Não faz parte da minha cultura, muito menos da minha própria conduta.
Não que eu esteja julgando eles, mas onde foram parar os valores?
Ou, que tipo de valores ainda há neles?
Há algum? Há pudor? Há respeito?
Fico a me martelar com essas interrogações, sim, interrogações gigantes.
Fico perplexa, custando a enxergar essa desvalorização.
A ausência do se importar...
Custo a aceitar, que seja esta, uma forma de se preocupar.
Não, não, não...
Se pra viver bem com eles é preciso aceitar,
Ou até acostumar.
Não, muitíssimo obrigada.
Verdade, obrigada, mas estou caindo fora.
Fora, fora mesmo, pra bem longe de vocês.
Desta vez eu me recuso completamente a caminhar próximo sequer,
Pois eu não quero vir a perder os valores que tenho,
Não, quero não, não quero vir a me contaminar.
Isso só pode ser um tipo de doença,
Ou ausência de sanidade mental,
Ou não, ausência apenas de valores,
Ou até, ausência de valor para comigo.
E aí que tá, a parte mais crítica.
Afinal, se eles não valorizam a mim, que faço eu ainda aqui?
É, cai na real, mostra tua cara, mostra teu valor.
Que se eles não te valorizam, poderá o problema estar apenas em ti.
Então, agora, fujo eu daqui.
Fujo, fujo mesmo, corro mil léguas...
Terei fôlego sim, bastante.
Porque o que vale pra mim, é que agora, vocês perderam todo e qualquer valor.
Já que me impediram de valorizar vocês, quando continuamente ficaram a me negar, um mínimo de valor.
Valor este, que sempre tive e sempre terei,
Quer eu não tenha deixado em evidência,
Quer vocês tenham se negado a enxergar.
Mostro eu agora, toda a minha cara, minha identidade e amarra.
Solto mais uma inclusive,
E não venha tentar me prender ou me fazer voltar,
Se deste canto parti,
Tenha certeza, custou-me, porque tentei, sofri, me torturei...
Mas hoje, já não há, nenhuma razão pra me fazer ficar.
E cá pra nós, se souber você, recuperar algum valor,
O faça logo, pois se eu tiver partido por inteiro e pra bem longe.
Fique certo, jamais voltarei, e se eu voltar,
Jamais será pro lugar de onde parti,
E nem será pro lugar em que você deseja.
Talvez um dia eu volte,
Mas só se houver lugar aqui, onde eu me sinta completamente confortável.
E te afirmo, aqui é onde eu jamais quis estar, ou não desta forma, e não volto a ficar.
Não, não desta maneira, não neste caos.
Neste caos que nós criamos, vocês criaram e permanecem, sabe?
Achando lindo, encantado.
Vendo como o máximo, por acreditarem que essa libertinagem...
Sim, libertinagem, que isso não poderia receber outro nome, não.
Afinal, não trata, jamais trataria, da chamada liberdade,
Divertimento talvez, mas não quero pra mim isso não.
Esse tipo de diversão sem valor,
Sem pudor, sem importa-se...
Isso passa a ser um tipo de desvalor, talvez ainda além...
Como eu, exclusivamente eu, pra que não haja julgamentos inclusive.
Nem meu, nem seu, nem de ninguém...
Eu vejo sim, como falta de respeito.
E se o respeito se foi, não há mais motivo algum pra permanecer.
Pois, no fim das contas, sem respeito não há mais nada,
Se não, no máximo, apelo.
E não, apelos não são suficientes pra proporcionar qualquer bem estar.
Apelos não são suficientes pra tornar algo importante, não."

Jacqueline Litwak

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