segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Em pleno dezembro

"Quando é chegada a época natalina, independente de enfeites e das luzes que se colore a cidade, passo a me contagiar com um clima sereno, um clima saudável e estimulante. Passo também, a fazer um balanço, de alguns marcos do ano, de novas metas a serem esboçadas e futuramente alcançadas. Retenho os pequenos detalhes e atitudes que vou levar comigo, estas que não tem preço. Penso inclusive no que devo deixar para trás, e nesse deixar para trás posso listar tudo o que não me faz ou não me fez bem, seja deste ano que termina ou de outros que já não lembro tão bem. Começo a enumerar momentos que me odiei por ter sido mesmo sem intenção cruel, e em atitudes que poderiam ter sido menos impulsivas. Relembro o que eu mesma fiz pra tornar o ano saudável e ter conquistado as pessoas. Penso em quem quero carregar comigo e quem não me faz bem. Penso e me preocupo com aqueles que insisto em ter por perto, mas que não me acrescentam nada positivo. Revejo aqueles momentos que eu posso não repetir, repenso no que fiz pra me sentir mal e no que fizeram também. Analiso alguns conselhos, capto alguns. Aprendi e reaprendo com o vivido e absorvido, enxergo o que posso e quero mudar também. Como aprendo a não apenas acolher o que dizem, mas selecionar o que faz sentido, o que não faz. Não temo e nem me privo a mudar de opinião, como não nego a afirmar coisas contrárias ao que antes afirmei, pois hoje sei que isso faz parte do amadurecimento e que minhas opiniões não são intactas e absolutas. Passo a querer viver mais, a fazer as mesmas pessoas e até outras se sentirem bem também. Mas penso primeiro em estar bem, afinal preciso estar disposto e composto para ajudar outro alguém. Penso no bem que eu me causo e contagio os demais quando resolvo ficar bem. Observo, escuto e paro pra aceitar com a cabeça erguida, que não vou estar a todo o momento certa, entretanto poderei aprender com meus próprios erros e evoluir também. Tenho para mim, que ninguém terá o direito de apenas julgar ou criticar por criticar. Passo há ter cada dia mais consciência, que cada um, inclusive eu mesma, tem o direito de estar com raiva, indignado ou o que quer que seja, mas isso não nos dará em qualquer circunstância, o direito de sermos rudes e cruéis. Listo mentalmente os pontos que quero acrescentar em mim e aqueles pontos que preciso modificar para que o convívio comigo mesma seja suportável. Foco no que me faz mover, no que me dá vida. Preservo o que há de melhor em mim e preservo, agradeço e cultivo aquilo que me faz bem. Preocupo-me em ser gente. Paro e penso, as pessoas foram feitas para serem amadas e respeitadas, como eu também. E por isso, aprendo, a impor respeito, os dando cada vez mais respeito. Aprendo a ficar de pé, mesmo em meio aos tantos tropeços. Aprendo também a me perdoar e a crescer com a minha própria falta de jeito. Enxergo que tudo é questão de aprendizado, e nada é uma simples perda de tempo, se eu sei me colocar perante as circunstâncias e aproveitar o que vem pro bem. Procuro melhorar o convívio com outrem, mas porque me fará bem também. Almejo ser ainda mais capaz, sábia, responsável pelos meus atos e mais feliz, porque assim poderei fazer feliz também. E a vocês meus caros grandes amigos, ou não tão amigos, mas que convivem ou conviveram comigo, eu agradeço o aprendizado, a perseverança e principalmente a paciência. Que vocês, amigos, possa eu carregar não ao lado, mas nas costas quando preciso for. E que vocês possam me acolher também. A vocês, de pé, meus aplausos!" 

 Jacqueline Litwak

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Lição da madruga:

- Algumas pessoas têm poderes, outras querem ter.
Eu fico com as que são capazes e não auto suficientes!

18/12/2012

"Num flash o mundo passa a ser mal vivido, passa a ter as luzes apagadas e a não refletir mais euforia ou dá vazão as fantasias. Aos olhos deste, tudo parece estar virado do avesso, a cúpula não mais abriga o todo. É neste mesmo instante que o todo se torna parte, e que cai a ficha de que todas as partes compõe algo que vai além de um todo, e não apenas por estarem ali unidas, mas se fazendo não apenas significativas, tornando aquilo um todo maior, sendo o todo. É aí que dá-se conta de que o todo é além das partes, o todo abriga algo mais, como o significado e atribuições que decorrem do conjunto. Não adianta se ter partes sem se ter um todo, e por não ter uma parte, não poderei mais ter o todo. E aí, que estabilizo e percebo algo importante se ter perdido e quem dera pudesse resgatar tal parte, assim como alegrá-me-ia ser capaz de resgatar partes de mim. Mas a realidade não é bem essa, e esta mostra que existe estrada, pra seguir apenas em frente."

Jacqueline Litwak

domingo, 30 de setembro de 2012

Dia 30

"Por vezes nos sentimos especiais por um simples bom dia, ou um simples piscar de olhos. Não que eu esteja me sentindo especial ultimamente ou que eu espere por isso também. Mas claro que cada pequeno gesto pode realmente me alegrar o dia. E você que chegou de repente e não me deu apenas bom dia. Você que sorriu e chegou de repente, e que por chegar, me tirou o peso do dia. De repente eu pude ver melhor você, e naquele momento, você fez toda a diferença. E o amanhã, não, não sei dele, não sei. De você, também não, não sei. Mas sabe o que faz mover? O querer bem, o simples gesto, o sorriso despojado e sincero."

Jacqueline Litwak

Hoje eu resolvi ficar triste.

"Hoje eu resolvi ficar triste, ou sei lá de resolvi, mas sei que fiquei. O dia passando a passos até apressados, o tempo curto e ritmado, muito o que fazer e pouco a ficar parado. Mesmo entre tantos, a sensação não apenas de só, mas de estar desconfortável, como se estivesse preso ou enjaulado. Não importa se sorri, mesmo sendo sincero, não estava feliz. O momento pode ter tido instantes felizes, pode ter sido com as pessoas que eu queria estar e pode ter sido com as mais próximas inclusive. E pode também ter tido ótimos desfechos, mas no fim das contas, hoje eu resolvi ficar triste. Sem um porque único, sem uma razão exclusiva, sem um culpado de fato. Hoje foi resolvido que eu ficaria triste, sei lá por quê, ou talvez saiba eu. Hoje resolvi não procurar ninguém, não que eu não quisesse companhia, não que eu não quisesse fazer companhia, hoje eu só não seria bom, nem com ninguém e muito menos para comigo mesmo. Resolvi ficar só, pensar no que eu ando sendo. Pensar no que o meu andar apressado faz ser erro. Resolvi pensar, no não querer me importar e acabar me importando com tanto. Hoje eu resolvi ir dormir e acordar com um sorriso pra você, que não tem culpa e merece ser feliz. Resolvi também, que eu quem decido o dia quem tenho hoje, resolvi que você não precisas falar comigo, cada qual com seu qual, cada qual com seu ritmo, com seu jeito e trejeitos, com seu certo e seu saber. Resolvi que não sou perfeito, e embora busque melhoras a todo instante, preciso aprender a me perdoar ao invés de esperar que escutem ou deem trela. Enfim, e por fim, eu só resolvi, ficar só, pra pensar e aterrizar, e talvez um outro alguém vir a amar."

Jacqueline Litwak

sábado, 15 de setembro de 2012

Faça valer.

 "Ser sábio é fazer valer,
é sorrir e se alegrar,
mesmo quando a dor não passar.

Acreditar é poder.
Faça valer,
cada minuto, cada conquista.

Com sorriso nos lábios,
 não terá alma totalmente partida,
terá sim, uma vontade reerguida."

Jacqueline Litwak

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Atordoado.

"Pode ser bobeira minha e posso até estar deixando de lado todo um orgulho, mas pra quê ficar fechado e amuado, se isso não é um porto seguro? Quero errar por querer você, quero errar por tentar não esquecer, quero errar sim, mas por não deixar passar. Posso ser meio desajeitado, meio à toa, meio atarantado, mais com você confesso, posso ter sido topeira o que for, mas não, não andei errado. Eu sei bem que não fui e nem serei perfeito, mesmo tentando, mesmo me esforçando, sei bem que não sou a pessoa mais bela, mais correta, mais amável e nem severa. Não errei por mentir, não, isso não fiz. Mas tropecei nos meus próprios pés, talvez sim. Não que venha ao caso, ou até venha. Não que acredite que faça lá tanto sentido e até faça. Mas eu posso ter andado errado por não achar que algo precisasse ser mencionado, por deixar de lado ou não ousar dizer, mas não deixei de ser verdadeiro, nem ousei te desmerecer. Enfim, estou aqui ficando quieto e na minha, querendo sossego e um papo tropeiro. Estou ficando surdo e mudo, estou ficando errado e amuado, eu só quero ficar de bem com você."

Jacqueline Litwak

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um sorriso, um abraço, um afago, um bom dia.

"Por você eu viveria um mundo
Com você ousaria sonhar mais
Você comigo um sorriso seguro
E lá distante já não me alegra mais

Ao seu lado sorriso
No horizonte saudade
Com seu abraço eu sonho
Sem a sua presença isso é maldade

O mundo tão simples, tão tolo
A vida tão linda e sabia
Com você a alegria do mundo todo
Sem sua companhia, angustia e tristeza irradia

Um sorriso, um abraço, um afago, um bom dia
Você me trazia alegria
A vida continua, mas desistir, que covardia
Aqui inda estou eu, não me faça ser partida

Um sorriso, um abraço, um afago, um bom dia
Faz favor de desculpar e me trazer alegria
Você me erradia, um novo sol, um novo guia
Acá estou eu, falando nada de novo, mas o que importa é a sua companhia."

Jacqueline Litwak

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

De hoje em diante.

"Um dia se fez coragem, agora se faz partida.
E agora que me encontro aqui, parece me querer ferida.

Aqui estando só ouço silêncio e desamor.
Ao longe soou e acá louvor.

Hoje sendo chegada, te faço querida.
Sem ver, nem falar, sequer poder te abraçar.

Como sol que se põe, ignora e se distancia.
Perdida sem uma razão, aqui jaz uma conquista.

Bravura e à luta, eu vou com a cabeça erguida.
Em meio ao vão, me farei sua vida.
Se não hoje, talvez amanhã, te farei ouvida.
E, partindo-me-ei, pois é preciso aterrissar e me querer viva.

De hoje em diante, lembrar-me-ei, de me alegrar a vida.
E amanhã já não serei passado, mas serei futuro e com mais vida.

Com você querer pode ser poder, sem você vai ter de ser também.
De hoje em diante, lembrar-me-ei, de me tacar e fazer viva."

Jacqueline Litwak

segunda-feira, 4 de junho de 2012


"No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Terminado por um louco!"

Mário Quintana

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dia 11

“Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade."

Edson Marques

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Síntese de um olhar

"Olhar nos olhos não implica dizer que se procura por algo, ou por uma verdade. O olhar profundo pode estar apenas querendo te garantir que não se quer ir a lugar algum. Pois, também através de um olhar profundo se tenta dizer que nele está tudo que se precisa. E um olhar profundo poderá gravar sua feição, pois tanto no hoje, como no amanhã, nada será igual e talvez tenha sido aquele momento que tenha você deixado algo passar desapercebido. Talvez tenha o outro captado e apreciado algo que vai existir na memória, assim como o teu melhor sorriso. Porque apesar dos apertos, para alguém poderá só existir bem estar completo com você por perto."

Jacqueline Litwak

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

It's time

"I'm not a girl. I'm really a woman. I need to live this time. Today is the best time. I know that I'm so weak. And need to make choice. It’s not easy, but it’s necessary, it’s important too. I prefer to live better and stand of it; I need to make change something. In my life, yeap. The habits that I was used it's not the best and now it won't be the same. Nothing good. If there are things or people that make you feel worst or feel uncomfortable, it’s time to change. Never acostumated yourself with that make you feel uncomfortable, it’s horrible, it's make you feel bad and unhappy.

Choose you, choose for you, not for everybody, because it’s important to choose for you always. It’s good to choose for make someone to feel well, and with you, but make for it, choosing for you. Now I choose my happiness, yeah, I choose it. I wouldn’t like to run back you; I’d like to walk together you. I’m doing it, respect your choice, although mine is not the same, and in spite of everything my choice is to stay near. I like you, very much. And I wish you the best. I want your happiness and make feel comfortable every time."

Jacqueline Litwak

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dia 07

"As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem."

Jacqueline Litwak

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Navegar é preciso...

"Navegar é preciso, viver não... Outro dia alguém me disse isso. E claro, estava eu de ouvidos bem abertos, embora no momento, nem tenha compreendido a dimensão do que havia escutado e captado. Pois é, mas que verdade bem dita. Por quais mares navego eu? Não importa em qual mar, não me valerá de nada toda extensão dele, se dele eu não fizer qualquer proveito. O mesmo ser que pode me fazer a observação, de importância e veracidade, me falou de maneira sutil e serena. Pra este ser, a linguagem lhe era muito peculiar e diria familiar. Aí cá eu hoje, deparo com a interação de uma citação no contexto do dia por si só, da vida de maneira ampla e até específica. Cá, nós estamos e cá ficamos, quando cismamos em empacar, em ancorar e pra quê mesmo? Ah, claro, pra alimentar medos, preguiça, insucesso e improdutividade. Logicamente pra realização própria e satisfação do eu. Acorda você, acordar-me-ei eu, ou então, esperaremos nós, a próxima tempestade, pra quem sabe se deixaremos que leve os males e pesadelos; e acordar-nos-ão a iluminar um novo dia, do qual aproveitaremos tal como se apresentar, a minha, ou à sua própria pessoa. Eu quem sou de de tamanho acentuado. Acentuado pra beira, desacentuado pra riba."

Jacqueline Litwak

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Valores, aonde danado estes foram parar?

"Valores trocados, esquecidos ou camuflados...
No hoje, deparo-me com troca de valores,
Deparo-me também com ausência de pudores.
O que passa na cabeça dessa gente?
O que passa na mente e na cultura de tantos inconsequentes?
Será que os valores estão sendo perdidos?
Ou melhor dizendo, será que estarão quase todos, os deixando para trás?
Aqui neste círculo, onde não enxergo valor,
O que me fez vir aqui e permanecer, por momentos que seja, me pergunto uma, duas, três, até zilhões de vezes...
Pois, não há nada que me faça, conseguir me misturar.
Não, não consigo me contaminar.
Não consigo ver como natural ou normal, sabe?
Não faz parte da minha cultura, muito menos da minha própria conduta.
Não que eu esteja julgando eles, mas onde foram parar os valores?
Ou, que tipo de valores ainda há neles?
Há algum? Há pudor? Há respeito?
Fico a me martelar com essas interrogações, sim, interrogações gigantes.
Fico perplexa, custando a enxergar essa desvalorização.
A ausência do se importar...
Custo a aceitar, que seja esta, uma forma de se preocupar.
Não, não, não...
Se pra viver bem com eles é preciso aceitar,
Ou até acostumar.
Não, muitíssimo obrigada.
Verdade, obrigada, mas estou caindo fora.
Fora, fora mesmo, pra bem longe de vocês.
Desta vez eu me recuso completamente a caminhar próximo sequer,
Pois eu não quero vir a perder os valores que tenho,
Não, quero não, não quero vir a me contaminar.
Isso só pode ser um tipo de doença,
Ou ausência de sanidade mental,
Ou não, ausência apenas de valores,
Ou até, ausência de valor para comigo.
E aí que tá, a parte mais crítica.
Afinal, se eles não valorizam a mim, que faço eu ainda aqui?
É, cai na real, mostra tua cara, mostra teu valor.
Que se eles não te valorizam, poderá o problema estar apenas em ti.
Então, agora, fujo eu daqui.
Fujo, fujo mesmo, corro mil léguas...
Terei fôlego sim, bastante.
Porque o que vale pra mim, é que agora, vocês perderam todo e qualquer valor.
Já que me impediram de valorizar vocês, quando continuamente ficaram a me negar, um mínimo de valor.
Valor este, que sempre tive e sempre terei,
Quer eu não tenha deixado em evidência,
Quer vocês tenham se negado a enxergar.
Mostro eu agora, toda a minha cara, minha identidade e amarra.
Solto mais uma inclusive,
E não venha tentar me prender ou me fazer voltar,
Se deste canto parti,
Tenha certeza, custou-me, porque tentei, sofri, me torturei...
Mas hoje, já não há, nenhuma razão pra me fazer ficar.
E cá pra nós, se souber você, recuperar algum valor,
O faça logo, pois se eu tiver partido por inteiro e pra bem longe.
Fique certo, jamais voltarei, e se eu voltar,
Jamais será pro lugar de onde parti,
E nem será pro lugar em que você deseja.
Talvez um dia eu volte,
Mas só se houver lugar aqui, onde eu me sinta completamente confortável.
E te afirmo, aqui é onde eu jamais quis estar, ou não desta forma, e não volto a ficar.
Não, não desta maneira, não neste caos.
Neste caos que nós criamos, vocês criaram e permanecem, sabe?
Achando lindo, encantado.
Vendo como o máximo, por acreditarem que essa libertinagem...
Sim, libertinagem, que isso não poderia receber outro nome, não.
Afinal, não trata, jamais trataria, da chamada liberdade,
Divertimento talvez, mas não quero pra mim isso não.
Esse tipo de diversão sem valor,
Sem pudor, sem importa-se...
Isso passa a ser um tipo de desvalor, talvez ainda além...
Como eu, exclusivamente eu, pra que não haja julgamentos inclusive.
Nem meu, nem seu, nem de ninguém...
Eu vejo sim, como falta de respeito.
E se o respeito se foi, não há mais motivo algum pra permanecer.
Pois, no fim das contas, sem respeito não há mais nada,
Se não, no máximo, apelo.
E não, apelos não são suficientes pra proporcionar qualquer bem estar.
Apelos não são suficientes pra tornar algo importante, não."

Jacqueline Litwak

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

De repente

"Em um momento recebemos algumas palavras, e então, pode vir a surgir, uma pergunta; por qual motivo estas palavras haveriam de ter sido mencionadas? E será, que em um bom momento? Aí que naquele instante, talvez não o fosse, mas em breves instantes, poderemos vir a deparar com um acontecimento qualquer, onde podemos precisar daquelas palavras, ditas em um momento. Até sem nos darmos conta, mas se estivermos atentos, refletiremos sobre elas, ditas em um momento certo, porque delas faríamos uso brevemente. Alguns cismariam em pensar que tudo tem um propósito, outros em deixar passar e achar banal, um outro alguém pode levar como algo feito por alguém sem propósito, mas teve uma utilidade; e se nos damos conta, tudo pode nos ser útil. Com atenção, tomaremos conhecimento do que temos em nossa volta, do que temos para desfrutar, no que há em nossas mãos. Se estivermos desatentos, em um instante poderemos vir a notar, mas poderá já ter passado; e do passado não se move nada, se reflete, se conclui, se inspira e aprende; pela percepção, pela valorização, mas não haverá retorno. Então, ao invés de permitir qualquer tipo de arrependimento, ou decepção por deixar algo passar, que tal, utilizarmos o que se foi, pra fazer melhor o que virá? Que tal, nos concentrarmos um pouco, buscando atenção para os pequenos detalhes, dos simples e breves instantes, que de repente, nos deparamos e de repente, vão deixar lembranças, ou uma marca qualquer. De repente tudo se altera, e de repente, estamos na própria esfera. Estar inteiramente no ponto em que nos encontramos, é viver o instante por inteiro, é enxergar qual nos é apresentado; que poderá não ser qual como é, mas não será imperceptível. Porque não podemos viver em dois lugares ao mesmo tempo, o que podemos é deixar de estar em todos eles, por tentar estar em mais de um por vez."

Jacqueline Litwak

No acordar.

"Um dia você acorda e se dá conta que não é mais uma mera criança. O destino resolve te pregar muitas peças, e aí, você se sente perdido. Nessa hora o tempo parasse congelar e você se pergunta, aonde é que estou indo? E quando se dá conta, já não sabe aonde está indo e qualquer lugar parece ser um bom caminho a seguir. Um caminho até não escolhido, parece fazer todo sentido. Ao longe surge um abrigo, e a medida que o tempo descongela tudo passa a ter formas a sua volta. Aí, talvez o mundo deixe apenas de ser mundo, por segundos, minutos, ou até tempos. E você volta a sonhar, pois neste mundo de gigantes, não poderíamos ser meros aprendizes. Poderia eu, ser nanico em estatura, mas jamais em visão. E temos cá conosco, uma caixinha de surpresas, com tanta novidade, que nem sempre pagamos pra ver. E segue um horizonte tão pleno que os indivíduos cismam em arrumar mais obstáculos. Alguns se negam a florescer, agindo como um tinhoso, mas as crianças evoluem, necessitam evoluir. Sabendo o valor disso que chamamos de vida, a magia que começa aonde o seu mundo tem partida. E no mundo, poderemos ser do tamanho de nossos sonhos, onde a cada segundo uma nova surpresa pode surgir e fazer tudo melhor e mais descontraído. Se o seu mundo for o mundo inteiro, terás vida, alegria, amor e lar. Com caminhos sinuosos e estreitos, com sorriso em excesso e satisfeitos. Já não me canso de erguer a cabeça e rumar mais a frente, pois descobri que a graça da vida, é a possibilidade e na verdade a existência de novas lutas e viagens em volta de um mundo onde cabem os nossos sonhos. Ou diria melhor, de um sonho onde estará verbalizando e dando formas ao nosso mundo. Cá estou, lá vou eu, saltitante e cantarolando. Com a alegria que nunca se viu e a disposição que jamais se teve, estaremos vivos e estando também de braços abertos, de peito sossegado e com abraço sincero, vamos desfrutando da maneira mais saudável. Com pequenas partículas carregadas daquela energia boa que se emprega naquilo tudo que fazemos, com amor e louvor. E aí, a vida ganha sentido, nós ganhamos sentido perante a vida."

Jacqueline Litwak

domingo, 15 de janeiro de 2012

Em um segundo tudo muda...

"Instantes, segundos, momentos, minutos...
tudo passa depressa, tudo passará.
Flashes e uma trilha sonora inteira na cabeça,
aquilo lá que permite que a vida passe toda em um segundo.
Caminhando passo a passo, paralelas, cruzamentos,
desentendimentos e breves encontros que ficam por momentos.
É aí que tá, precisamos seguir o que nos move, o que move o nosso mundo.
Tudo passa depressa, tudo passará.
Num instante tudo muda e o que é preciso deixar ficar?
É preciso saber viver, saber crer, aceitar, amar, perdoar...
Sabe o que é preciso, acredito que apenas saber amar.
O respeito vem junto, o apreço vem junto, o encantamento vem junto.
Contenta-se até descontente,
contenta-se por saber que existe ali,
que é real ao sentir, é real por fazer sentir."

Jacqueline Litwak

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sem chaves


"Em meio ao andar descompassado
Deparei-me, com um olhar fixado
Por não estar focando, acabei por ver em foco
Sem intenção, parei ali, bem junto de ti

No abraço sossego, no olhar muitas vezes desespero
No aconchego apreço, no distanciar entristeço
Junto ainda existe esperança, em pensar na partida lembrança

Sem trancar o coração, sem estender logo a mão
De repente, no caminhar tropeiro, acabo eu em teu leito
Numa estação, breves momentos
Qual me apareceu, cá cativou

Um encanto, com desencantos
Desafio, por vezes aperreios
De onde surgiu, uma sensação nova me sorriu
Sinto-me viva
Talvez nem sempre a sorrir, mas na torcida

Quis não deixar livre o coração
Até nem quis estender a emoção
Esperei por quietação
E aqui me apareceu exaltação

Com você, amadurecimento
Na tua ausência, sensação de sofrimento
A vida trás, a vida leva
Não quero ir embora e nem ter pressa

Não pude trancar sentimentos
Nem consigo esconder desejos e apreços
Às vezes seria interessante me trancar
Ou até desejo guardar tudo apenas dentro de mim."

Jacqueline Litwak